FRANCISCO
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2023
Me chamo Francisco Evando Alves. Nasci no ano de 1951, portanto há 72 anos, em uma pequena cidade do sertão cearense, de nome Jaguaribe, a cerca de 320 quilômetros da capital Fortaleza. Sou o sexto filho de uma família que, no total, teve 22 irmãos, sendo 11 de meu pai e de minha mãe e os outros 11 de meu pai com outra mulher. Dos filhos de minha mãe, quatro são de um padrasto que ela conheceu depois que meu pai a abandonou. Dos filhos de meu pai com a outra mulher, há seis que nunca vi, portanto não os conheço.
Fiz meus primeiros anos de estudo (até o quarto ano do primário) em um grupo escolar de minha cidade. Depois, cursei o Admissão em um ginásio particular, também em minha cidade, onde ganhei uma bolsa. O Ginasial eu fiz em um colégio agrícola federal, em uma cidade do Ceará chamada Lavras da Mangabeira, em regime de internato. Em seguida, fui para Fortaleza para cursar o Científico em um colégio de padres dominicanos gratuitamente.
Estudei um ano no colégio de padres, mas como não consegui emprego em Fortaleza, resolvi migrar para São Paulo. Fiquei abrigado na casa de uma tia de um amigo que oferecia pensão para nordestinos. Após alguns meses, consegui trabalho em uma empreiteira no município de Rio Grande da Serra, perto de Paranapiacaba. Trabalhei alguns meses lá e depois fui demitido. Fiquei mais um tempo desempregado e consegui um emprego na Varia (companhia aérea). Depois disso, voltei a estudar, matriculando-me em um colégio estadual na Mooca, onde conclui o Científico (ou Colegial).
Em seguida, fiz seis meses de cursinho pré-vestibular no Equipe e consegui ingressar na ECA (Escola de Comunicações e Artes), onde me formei em Jornalismo. Comecei a trabalhar como jornalista ainda quando estudante e passei por uma meia dúzia de empregos, até que resolvi fundar minha própria empresa, com amigos, na qual estou trabalhando até hoje.
Casei-me duas vezes. Na primeira, com uma colega da ECA, também jornalista, com quem tive dois filhos, um homem e uma mulher. Em uma viagem de trabalho, conheci minha esposa atual, que é peruana e é professora da USP. Ela era casada e eu também, então nos separamos de nossos respectivos cônjuges. Tivemos três filhos, dois homens e uma mulher. Os meus dois primeiros filhos me deram quatro netos, sendo três mulheres e um homem. A mais nova tem menos de um ano. Mas todos estão longe, porque minha filha mora na Inglaterra e meu filho em Fortaleza.
Apesar da minha idade, continuo trabalhando, porque minha aposentadoria, pelo INSS, não é suficiente para viver.